Talvez a culpa seja do céu estrelado a noite, aonde os pontos lá no alto são estrelas e não helicópteros, ou talvez, o culpado seja o ar puro, aonde a poluição não o violou, e sua pureza trás um bem- estar ao meu pulmão mal acostumado de garota de cidade grande.
É bobagem se sentir mais livre aonde tudo a sua volta é apenas mato, do que quando ao seu redor são ruas? Porém, apesar de estranho, meio que faz sentido, pois quando já há caminhos trilhados, fica difícil suportar a pressão de seguir em frente e virar em todas as rotatórias, sem dúvidas, é mais simples e fácil criar seu próprio caminho, e ainda explorar as belezas contidas na doce excitação do saber da ignorância.
Os ponteiros do relógio parecem, que ao estarem no campo, contam as horas lentamente acompanhando o ritmo da natureza, obviamente totalmente distinto da zona urbana, cujas horas parecem correr contra a própria cidade, deixando as pessoas estressadas com tão pouco tempo, e tantas coisas a se fazer.
Enquanto a cidade se torna quase impossível de ser calada, o campo se debruça em um silêncio reconfortante, e é somente no silêncio que conseguimos ouvir as palavras certas, encontrar os pensamentos benevolentes e pensar nas respostas diretas que nos assombram no cotidiano.
Irei lhes dizer uma coisa incrível, sobre minha ânsia de querer tanto voltar para a civilização durante o tempo em que passei junto a natureza.
Depois de tanto desejar, tive meu desejo concedido, e acabei que me arrependendo instantâneamente, pois por mais que as luzes da cidade formem um bonito desenho a noite, seu brilho nunca será tão belo quanto o brilho das estrelas que observei no céu do interior. Por mais que o sol se enquadre entre os prédios ao seu pôr, nunca será tão perfeito seu enquadramento quanto ao pôr - do - sol entre as montanhas....
Eu poderia escrever infinitamente aqui sobre tais belezas, mas não consigo mais citar ao lembrar que, em breve, tudo isso poderá estar em extinção.
É triste perceber tal fato na volta para a casa, depois de ter ido a um lugar tão belo, de rios tão claros e translúcidos quanto esta verdade, a verdade de que os homens destruíram por ganância, então eu só tenho uma coisa a dizer, na forma mais perfeita possível de ironia:
- Obrigada seres humanos!
xoxo
Shinemoon